A máxima “Fora
da caridade não há salvação” desde a codificação do Espiritismo tem suscitado a
criação de entidades e inumeráveis atividades filantrópicas que buscam suavizar
as dores e sofrimentos humanos no que tange às suas necessidades de
alimentação, cuidado, saúde e educação, tendo o movimento espírita com estas
iniciativas adquirido o respeito e consideração da população em geral, de
instituições e autoridades. No entanto, ao adepto do O Consolador Prometido,
cuja luz da verdade exige conduta compatível aos ensinamentos recebidos, com a
resposta à questão 886 tem enormemente ampliado o conceito da caridade. Nela,
Allan Kardec, interroga aos Espíritos da codificação sobre “Qual o verdadeiro
sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus? E, a resposta; “— Benevolência
para com todos, indulgência para as imperfeições alheias, perdão das
ofensas.”, seguida pelo
comentário do Codificador, fica claro que “A caridade,
segundo Jesus, não se restringe à esmola, mas abrange todas as relações com os
nossos semelhantes (...)”. Entendendo nesta explicação a esmola como o
benefício material, resta-nos atingir a plenitude do “amar ao próximo como a si
mesmo” agregando à assistência prestada a caridade moral. Nessa perspectiva os
trabalhadores sinceros tem buscado a ampliação do entendimento a acerca da
caridade moral, para isso estudar, compreender, refletir acerca dos conceitos
de alteridade e empatia se faz impostergável para o estabelecimento de relações
efetivamente fraternais, sem nenhum ranço de orgulho ou falsa superioridade que
possa ferir a suscetibilidade do beneficiado. A compreensão da interdependência
de cada indivíduo com os demais sujeitos do contexto social exalça a humildade que
deve permear todas as relações; reconhecer a interação entre o “eu” e o “outro”,
desenvolver a habilidade de se colocar no lugar do próximo – de enxergar o cenário
a partir dos olhos dele, de ser sensível a ponto de compreender emoções e
sentimentos de outras pessoas, desenvolvendo o “conjunto das qualidades do coração” que
define o verdadeiro homem de bem de acordo com a definição de Allan Kardec, é a
divina aspiração do verdadeiro espírita.
Com
esse propósito o GIEE-norte facultará oportunidade imperdível aos trabalhadores
espíritas de acréscimo aos seus conhecimentos sobre alteridade, empatia e
caridade num espaço dialógico e reflexivo com mais uma roda de conversa que
acontecerá na Instituição Espírita Casa do Caminho no próximo dia 27. Fica o
nosso convite!
Bibliografia:
O
Evangelho Segundo o Espiritismo, caps. VII e XVIIO
Livro dos Espíritos, q. 886.